Sabe
Sou daqueles
Que para vezes
Preferem viver em sonho
Pela inconstante mirabolante possibilidade incontrolável
De um desfecho não atendido
Sem frustração nem desgaste
Imediatamente se vê
Em outro lugar
Com medo e com frio
E qual o sentido de temer
Algo incompreendido
Medo de não ter medo
De desocultar algo escondido
Ou de descobrir algo coberto
O seu abrigo
Velando e acotovelando o desconhecido
Auto-velando a dor de cotovelo
A inveja e a impossibilidade
A consciência de estar preso
Não sólido
Partido
E se juntar realidade
E tornar realização
Será que eu estou exigindo muito da minha compreensão
Minha imaginação
Virá-a-ser
Materialização
A matéria em ação
Toque
terça-feira, 31 de março de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
domingo, 29 de março de 2009
Quando eu cheguei nesse vale
Tudo já estava destruído
Nada sobrara além dos tocos das árvores
Recém queimadas
Também passava um rio ali
E dele nada mais restara
Havia secado
E sua margem coberta do que restou
Onde ficavam belas casa pastoris
Seria fácil ter evitado isso tudo
Se ao menos eu estivesse aqui
Uma interferência que eu não pude provocar
Sempre esperando o tempo pra plantar
Aliado aos ventos e às nuvens
Se antes já havia muito o que fazer
Agora com que posso contar
Tarefa sem jeito e sem fim
De algum modo há de se desencerrar
Tudo já estava destruído
Nada sobrara além dos tocos das árvores
Recém queimadas
Também passava um rio ali
E dele nada mais restara
Havia secado
E sua margem coberta do que restou
Onde ficavam belas casa pastoris
Seria fácil ter evitado isso tudo
Se ao menos eu estivesse aqui
Uma interferência que eu não pude provocar
Sempre esperando o tempo pra plantar
Aliado aos ventos e às nuvens
Se antes já havia muito o que fazer
Agora com que posso contar
Tarefa sem jeito e sem fim
De algum modo há de se desencerrar
sábado, 28 de março de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
A aparência conduz a cadência
Seus olhos verdes refratátios
Seus pelos louros brilhantes
Sua boca desenhada em seus lábios
Oh forma completamente feita
Oh beleza idealizada
Dificulta a aproximação
Brinco de pérolas em suas orelhas
Pele macia pelos suaves
Seu interior difícil de alcançar
Seu corpo é um véu
Sua alma impossível de enxergar
Dois lados
Cara e coroa
Aparência e riqueza
Conflitantes e ambivalentes
Seus olhos verdes refratátios
Seus pelos louros brilhantes
Sua boca desenhada em seus lábios
Oh forma completamente feita
Oh beleza idealizada
Dificulta a aproximação
Brinco de pérolas em suas orelhas
Pele macia pelos suaves
Seu interior difícil de alcançar
Seu corpo é um véu
Sua alma impossível de enxergar
Dois lados
Cara e coroa
Aparência e riqueza
Conflitantes e ambivalentes
quarta-feira, 25 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
Quando eu dormi 24 horas
Não vi o dia nem a noite
Era tarde
Quando acordei
O mundo ainda estava lá
Sob meus longos sonhos
Obtive e sofri prazer
Encontrei amigos
Antigas paixões
Quem ainda não conhecia
Lugares desconhecidos
Que me pareciam familiar
Praia com montanha
Totalmente no frio nu
Voando de asa delta
Sabia que tinha de voltar
Tentei várias vezes
Mas nunca ao mesmo lugar
Descobri outros mundos
E um novo motivo pra ficar
Não vi o dia nem a noite
Era tarde
Quando acordei
O mundo ainda estava lá
Sob meus longos sonhos
Obtive e sofri prazer
Encontrei amigos
Antigas paixões
Quem ainda não conhecia
Lugares desconhecidos
Que me pareciam familiar
Praia com montanha
Totalmente no frio nu
Voando de asa delta
Sabia que tinha de voltar
Tentei várias vezes
Mas nunca ao mesmo lugar
Descobri outros mundos
E um novo motivo pra ficar
segunda-feira, 23 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
Quando o gato adentrou pela sala
Até o homem sábio calou
O insensível notou
A moça nova ensaiou
Um carinho acanhado
O gatinho deslizou
Se arrastou pelas pernas alheias
Conseguiu um pedaço de pão
Se espreguiçou
Se aninhou
Num colinho agarrado
Todo arrepiado
Querendo dormir aquecido
De afago e companhia
Longe da solidão
Até o homem sábio calou
O insensível notou
A moça nova ensaiou
Um carinho acanhado
O gatinho deslizou
Se arrastou pelas pernas alheias
Conseguiu um pedaço de pão
Se espreguiçou
Se aninhou
Num colinho agarrado
Todo arrepiado
Querendo dormir aquecido
De afago e companhia
Longe da solidão
sábado, 21 de março de 2009
Saí à noite
Estava claro é preciso dizer
E não via-se as estrelas
Cada obstáculo
Tornava-se aparentemente
Pois não era o que pensava
Depois de certa curva
Deparei-me com a temperatura
Ventava forte
O bambuzal zunia
O galo cantou as quatro sequencialmente
Sequenciadamente
Minha cabeça estava parada
Aguardava para retomar o caminho
Em busca da morada do Sol
Estava claro é preciso dizer
E não via-se as estrelas
Cada obstáculo
Tornava-se aparentemente
Pois não era o que pensava
Depois de certa curva
Deparei-me com a temperatura
Ventava forte
O bambuzal zunia
O galo cantou as quatro sequencialmente
Sequenciadamente
Minha cabeça estava parada
Aguardava para retomar o caminho
Em busca da morada do Sol
sexta-feira, 20 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
Em queda livre
Sem instrumentos pra te reter
Renda-te ao peso do teu corpo
Sustentado pelo vento
Nos poucos segundos que te restam
Ocupando-te do incompreensível mundo de lembranças
Que retornará à tua cabeça nesta hora
Pegue fogo em um incêndio
Seja a brasa pressa chama
Queime tudo na fogueira
Afunde junto com seu barco
Afogue-se tentando salvar sua vida
Sufoque com água em seus pulmões
Tentando desesperadamente respirar
Seja o mártir
Morra com orgulho
Pode ser a tua única salvação
Morra com honra
Lute pelo que quer
Uma bala na cabeça
Uma espada sobre o pescoço
Guilhotina
Enforcamento
Não lhes permita pôr-te grilhões
Não lhes permita acorrentar-te
Tuas ideias não foram postas na prisão
Sem instrumentos pra te reter
Renda-te ao peso do teu corpo
Sustentado pelo vento
Nos poucos segundos que te restam
Ocupando-te do incompreensível mundo de lembranças
Que retornará à tua cabeça nesta hora
Pegue fogo em um incêndio
Seja a brasa pressa chama
Queime tudo na fogueira
Afunde junto com seu barco
Afogue-se tentando salvar sua vida
Sufoque com água em seus pulmões
Tentando desesperadamente respirar
Seja o mártir
Morra com orgulho
Pode ser a tua única salvação
Morra com honra
Lute pelo que quer
Uma bala na cabeça
Uma espada sobre o pescoço
Guilhotina
Enforcamento
Não lhes permita pôr-te grilhões
Não lhes permita acorrentar-te
Tuas ideias não foram postas na prisão
terça-feira, 17 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
Filho é uma coisa que a gente tem
Sabe
Não dá pra saber ao certo se você não tem um
Nem é a mesma coisa que ter um afilhado ou sobrinho
Ao certo não saberia dizer por quê
Porém tento dedicar-me a entender
Sou filho e talvez muito em breve
Possa vir a ser pai
Só uma coisinha
Levada por um caminho sinuoso
Até um ponto culminante
Acredito que não tenha chegado nem perto
Porque afinal precisa-se de um par
Que unidos serão um
Algumas outras formas há de haver
No entanto nem de longe serão a mesma coisa
O que pode ser imprevisível
Consequentemente será maravilhoso
Sabe
Não dá pra saber ao certo se você não tem um
Nem é a mesma coisa que ter um afilhado ou sobrinho
Ao certo não saberia dizer por quê
Porém tento dedicar-me a entender
Sou filho e talvez muito em breve
Possa vir a ser pai
Só uma coisinha
Levada por um caminho sinuoso
Até um ponto culminante
Acredito que não tenha chegado nem perto
Porque afinal precisa-se de um par
Que unidos serão um
Algumas outras formas há de haver
No entanto nem de longe serão a mesma coisa
O que pode ser imprevisível
Consequentemente será maravilhoso
domingo, 15 de março de 2009
sábado, 14 de março de 2009
sexta-feira, 13 de março de 2009
Eu plantei uma semente
Em meados de primavera
E a cada dia um pouco de luz
E também um pouco d’água
Ela fazia parte de mim
Porque dedicava-me à ela
Ela então brotou
Irrompendo delicada e sutil
A cápsula do grãozinho
Deixou-se cair
Deixando à mostra
Duas frágeis folhinhas
Sendo levantadas do terreno
Por um pequeno corpinho
Passados outros sóis
Outras pequenas folhas apareceram
Diferenciando-se das demais
Multiplicando-se pela pontas
Seu desenvolvimento
Em momento vegetativo
Atingiu uma boa altura
Muito frondosa e bonita
Muita chuva e muito sol
Tratamento especial
Me deu muito belas flores
Como recompensa pelo trabalho
Pagamento justo
A um bem inigualável
Suave doçura feminina
Força energia e disposição
Pra renovar as esperanças
No manejo diário do cultivo
Em meados de primavera
E a cada dia um pouco de luz
E também um pouco d’água
Ela fazia parte de mim
Porque dedicava-me à ela
Ela então brotou
Irrompendo delicada e sutil
A cápsula do grãozinho
Deixou-se cair
Deixando à mostra
Duas frágeis folhinhas
Sendo levantadas do terreno
Por um pequeno corpinho
Passados outros sóis
Outras pequenas folhas apareceram
Diferenciando-se das demais
Multiplicando-se pela pontas
Seu desenvolvimento
Em momento vegetativo
Atingiu uma boa altura
Muito frondosa e bonita
Muita chuva e muito sol
Tratamento especial
Me deu muito belas flores
Como recompensa pelo trabalho
Pagamento justo
A um bem inigualável
Suave doçura feminina
Força energia e disposição
Pra renovar as esperanças
No manejo diário do cultivo
quinta-feira, 12 de março de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
Vi uns meninos
Que jogavam-se
De uma ponte
Era desprendimento
Acompanhei com os olhos
Uma jovem que andava de bicicleta
Não estava apressada
Passeava serena
Dava voltas na praça
Uma senhora simpática
Apelidei-a de docinho
Era idosa porém bonita
Outro dia numa pescaria
Distraí-me com o mar
Quase que a água me teve
Lembrei dos garotos
Os peixes ficaram na geladeira
Não os comi
Mas talvez alguém os tenha
Afinal estavam frescos
Corri para o para peito da janela
Lá fora havia um pássaro
Que eu jamais havia visto
Era só uma cambaxirra
Dediquei um bom tempo
Pensando sobre ela
Mais do que aos outros casos
Devo fazer o contrário
Que jogavam-se
De uma ponte
Era desprendimento
Acompanhei com os olhos
Uma jovem que andava de bicicleta
Não estava apressada
Passeava serena
Dava voltas na praça
Uma senhora simpática
Apelidei-a de docinho
Era idosa porém bonita
Outro dia numa pescaria
Distraí-me com o mar
Quase que a água me teve
Lembrei dos garotos
Os peixes ficaram na geladeira
Não os comi
Mas talvez alguém os tenha
Afinal estavam frescos
Corri para o para peito da janela
Lá fora havia um pássaro
Que eu jamais havia visto
Era só uma cambaxirra
Dediquei um bom tempo
Pensando sobre ela
Mais do que aos outros casos
Devo fazer o contrário
terça-feira, 10 de março de 2009
Uma pequena flor delicada
Na beira da estrada
No lixão
Ou em uma vala
Uma cena bem conhecida
Um mendigo nojento
Imundo na rua
Catando latas
Perto dos seus pés
Já me deparei com isso
Dentro do trem sentado no canto
Um aleijado perneta
Andando sobre um skate
Pedindo uma esmola
Já passou do meu lado
Ou seria compaixão
Compadecimento
Talvez uma ajuda
Não uma migalha
Algo que mudasse
Alterasse aquela realidade
Dormi com a cabeça no travesseiro
Outros dormiram no chão
Na beira da estrada
No lixão
Ou em uma vala
Uma cena bem conhecida
Um mendigo nojento
Imundo na rua
Catando latas
Perto dos seus pés
Já me deparei com isso
Dentro do trem sentado no canto
Um aleijado perneta
Andando sobre um skate
Pedindo uma esmola
Já passou do meu lado
Ou seria compaixão
Compadecimento
Talvez uma ajuda
Não uma migalha
Algo que mudasse
Alterasse aquela realidade
Dormi com a cabeça no travesseiro
Outros dormiram no chão
segunda-feira, 9 de março de 2009
O rio estendeu-se no mar
E assim saiu pra navegar
Léguas de distancia
Para o que não se sabia
Orientado pelas estralas
Guiado pelo vento
Afastado pelas marés
Surrado pelas ondas
Atravessaram oceanos
Desafiaram o desconhecido
Enfrentaram seus limites
Por muitas noites e dias
Escassez de água e comida
Suprimentos contaminados
Doenças imprevisíveis
Confinamento e o mar
Somente um dever a cumprir
Manter-se vivo até então
Chegar ao outro lado
Conhecer o paraíso
E assim saiu pra navegar
Léguas de distancia
Para o que não se sabia
Orientado pelas estralas
Guiado pelo vento
Afastado pelas marés
Surrado pelas ondas
Atravessaram oceanos
Desafiaram o desconhecido
Enfrentaram seus limites
Por muitas noites e dias
Escassez de água e comida
Suprimentos contaminados
Doenças imprevisíveis
Confinamento e o mar
Somente um dever a cumprir
Manter-se vivo até então
Chegar ao outro lado
Conhecer o paraíso
domingo, 8 de março de 2009
Devia encurtar o tempo
E estender o prazer
Mas como não é assim
Enquanto aguardo
O que posso fazer nesse espaço
Devia escutar o vento
Sou o mecanismo das ondas
Como a base no fundo do mar
Choveu e encheu os riachos
Nuvens levadas pela tempestade
Escureceram o céu
Aumentaram as ondas
Trouxeram também muito lixo
O que rendeu-nos muito trabalho
E toda vez que irradia-se o sol
Anuncia-se mais outra jornada
E estender o prazer
Mas como não é assim
Enquanto aguardo
O que posso fazer nesse espaço
Devia escutar o vento
Sou o mecanismo das ondas
Como a base no fundo do mar
Choveu e encheu os riachos
Nuvens levadas pela tempestade
Escureceram o céu
Aumentaram as ondas
Trouxeram também muito lixo
O que rendeu-nos muito trabalho
E toda vez que irradia-se o sol
Anuncia-se mais outra jornada
sábado, 7 de março de 2009
sexta-feira, 6 de março de 2009
Ontem
Eu vi um homem morto
Que nem ao menos
Havia vivido
Furou-lhe uma flecha de fogo
No lado esquerdo
Penetrou-lhe o pulmão
Já não podia respirar
Você já viu um homem morrer sem respirar
Seu sangue vertendo pela boca e nariz
Seu olhos inchando esbugalhados
Suas mãos tremendo
Seu rosto suado
Seu olhar de desespero
Sua voz já embargada
Solitário imenso mundo
Erguido no horizonte
Dia quente qual deserto
Eremita do coração
Eu vi um homem morto
Que nem ao menos
Havia vivido
Furou-lhe uma flecha de fogo
No lado esquerdo
Penetrou-lhe o pulmão
Já não podia respirar
Você já viu um homem morrer sem respirar
Seu sangue vertendo pela boca e nariz
Seu olhos inchando esbugalhados
Suas mãos tremendo
Seu rosto suado
Seu olhar de desespero
Sua voz já embargada
Solitário imenso mundo
Erguido no horizonte
Dia quente qual deserto
Eremita do coração
quinta-feira, 5 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Havia uma rua por onde passava um rapaz
Sempre que sentia saudades
Não venha me perguntar como eu sei disso
Pois outra razão não haveria
De modo que como sempre faço
Ou ainda posso tentar fazer um pouco mais
Lembranças a cada esquina que me atrai
Levando em giros sobre as pedras os pedais
Com os pés em nuvem rodopiando
Avançando ao encontro logo lá
Observando pude aprender a servir
Ele gostava de servir não teve bom desempenho
Não não não não era culpa dele
E olha eu lá já a o defender
Pois bem não faz mal
Ela também tinha seus probleminhas
Mas enfim ele queria estar sob os palcos
Mas não foi bem sucedido
Tentou outra coisa influenciado
Essa foi a pior
Melhor seria ter se tornado cozinheiro
De outra forma não podia evitar
E terminou fazendo tudo o que era preciso
Ele vive se descobrindo esse cara
Então agora parece definitivo coisa e tal
O negócio tá andado bonito e era necessário
Pois afinal todo preconceito deve ser barrado
E todo limite como pode deve ser quebrado
Ele quase nunca mais passa naquela rua
Porém se passa mesmo assim nunca chama
É impressionante quanto tempo se passou
Acredito que ela guarde nenhum sentimento por ele
Sempre que sentia saudades
Não venha me perguntar como eu sei disso
Pois outra razão não haveria
De modo que como sempre faço
Ou ainda posso tentar fazer um pouco mais
Lembranças a cada esquina que me atrai
Levando em giros sobre as pedras os pedais
Com os pés em nuvem rodopiando
Avançando ao encontro logo lá
Observando pude aprender a servir
Ele gostava de servir não teve bom desempenho
Não não não não era culpa dele
E olha eu lá já a o defender
Pois bem não faz mal
Ela também tinha seus probleminhas
Mas enfim ele queria estar sob os palcos
Mas não foi bem sucedido
Tentou outra coisa influenciado
Essa foi a pior
Melhor seria ter se tornado cozinheiro
De outra forma não podia evitar
E terminou fazendo tudo o que era preciso
Ele vive se descobrindo esse cara
Então agora parece definitivo coisa e tal
O negócio tá andado bonito e era necessário
Pois afinal todo preconceito deve ser barrado
E todo limite como pode deve ser quebrado
Ele quase nunca mais passa naquela rua
Porém se passa mesmo assim nunca chama
É impressionante quanto tempo se passou
Acredito que ela guarde nenhum sentimento por ele
terça-feira, 3 de março de 2009
Soube que havia ouro do outro lado do paraíso
Um lugar obscuro
Onde não havia princesa encantada
Um vale escuro
Despenquei-me de onde estava
Lá sim estava muito bom
Estive ausente
E o caminho não foi nem de longe difícil
Na verdade foi fácil até demais
Dentre os poucos anos que passei lá
Perdi o pouco que tinha tentando achar
O que de jeito algum não havia
O que havia era a multidão desesperada
E o povo derrubando o que podia
Cavando a terra e se enterrando na lama
Disputando a dentadas um pequeno pedaço
Ao meu redor não podia contar
Não fui aceito com satisfação
Não tenho aliados aqui estou à mim
Definitivamente nessa questão
Vim sabendo o porque mais chegando
Contradigo o que eu disse antes de abandonar meu lar
Só se o lance for um negócio certo
De caráter real compromissado
Na confusão sem nenhuma regra cada um por si
Não fomos longe dando murro em ponta de faca
Façamos de outra maneira da próxima vez
Pois estava perigoso tudo aquilo ali
Daquele mesmo jeito que estava
Deixei o lugar não mais me coloquei naquela posição
Esperava demais de meus companheiros
Nunca pensando em mim somente
Quando retornei tudo havia se perdido
A casa e tudo mais que conquistei outrora
Com aquilo me tinha esquecido
Agora de nada mais passariam
Comecei novamente do princípio do ser
E agora quem vos fala pouco possui
Mas é feliz e sabe de tudo mais
O que tem é precioso
Talvez você saiba o que é
Não é ouro não é mulher
É essa terra que me há sobre os pés o que mais poderia ser
De onde eu recolho alegria no pé com os pés no chão
Um lugar obscuro
Onde não havia princesa encantada
Um vale escuro
Despenquei-me de onde estava
Lá sim estava muito bom
Estive ausente
E o caminho não foi nem de longe difícil
Na verdade foi fácil até demais
Dentre os poucos anos que passei lá
Perdi o pouco que tinha tentando achar
O que de jeito algum não havia
O que havia era a multidão desesperada
E o povo derrubando o que podia
Cavando a terra e se enterrando na lama
Disputando a dentadas um pequeno pedaço
Ao meu redor não podia contar
Não fui aceito com satisfação
Não tenho aliados aqui estou à mim
Definitivamente nessa questão
Vim sabendo o porque mais chegando
Contradigo o que eu disse antes de abandonar meu lar
Só se o lance for um negócio certo
De caráter real compromissado
Na confusão sem nenhuma regra cada um por si
Não fomos longe dando murro em ponta de faca
Façamos de outra maneira da próxima vez
Pois estava perigoso tudo aquilo ali
Daquele mesmo jeito que estava
Deixei o lugar não mais me coloquei naquela posição
Esperava demais de meus companheiros
Nunca pensando em mim somente
Quando retornei tudo havia se perdido
A casa e tudo mais que conquistei outrora
Com aquilo me tinha esquecido
Agora de nada mais passariam
Comecei novamente do princípio do ser
E agora quem vos fala pouco possui
Mas é feliz e sabe de tudo mais
O que tem é precioso
Talvez você saiba o que é
Não é ouro não é mulher
É essa terra que me há sobre os pés o que mais poderia ser
De onde eu recolho alegria no pé com os pés no chão
segunda-feira, 2 de março de 2009
Outras vezes que passei por aqui
Não via as coisas como eram
Tem que descer
E fazer o reconhecimento
Não adianta passar a cara
Tem que dedicar ao serviço
Um pouco mais de tempo
Do que o que você acha necessário
Desligue a tv e vá dormir
Acorde cedo e leia o jornal
Dê preferência a originalidade
Não falseei consigo mesmo
Autenticidade é primordial
Gerencie seus princípios
Não seja nulo e então
Participe da tenção
É como uma grande corrente
Seu sentido é o que dará
Às subsequentes perguntas
Quem chama e pelo que veio
Hoje estou aqui
Tudo que passou
Pois as posições
Em distintos lugares
Acordando a cada dia
Prestes a me entregar
Revivo a cada respiração
Preservando o meu lugar
Conquistando
A cada curva nunca vista
Uma nova perspectiva
Um novo sentido
De todo aprendizado
Não via as coisas como eram
Tem que descer
E fazer o reconhecimento
Não adianta passar a cara
Tem que dedicar ao serviço
Um pouco mais de tempo
Do que o que você acha necessário
Desligue a tv e vá dormir
Acorde cedo e leia o jornal
Dê preferência a originalidade
Não falseei consigo mesmo
Autenticidade é primordial
Gerencie seus princípios
Não seja nulo e então
Participe da tenção
É como uma grande corrente
Seu sentido é o que dará
Às subsequentes perguntas
Quem chama e pelo que veio
Hoje estou aqui
Tudo que passou
Pois as posições
Em distintos lugares
Acordando a cada dia
Prestes a me entregar
Revivo a cada respiração
Preservando o meu lugar
Conquistando
A cada curva nunca vista
Uma nova perspectiva
Um novo sentido
De todo aprendizado
domingo, 1 de março de 2009
Acabei de acordar e pensava em ser feliz
Não desanimei quando senti meu corpo
Foi um imenso prazer poder respirar
Estiquei-me
Movi-me com dificuldade ainda podia caminhar
Chutei umas coisas pelo caminho
Ainda conseguia me abaixar
Catei-as
Andei até a cozinha bebi leite
Comi pão com o que tinha na geladeira
Não deixei louças para lavar
Lavei-as
Apressei-me pois tinha um encontro
Às vezes falo sozinho comigo mesmo
Você deveria tentar pois
Evitaria um bocado
Um bom gole de café antes de sair
Dispensei o cigarro chegou a condução
É cedo aqui no meu bairro
Corri
Começa assim
Mas pode terminar melhor
É só dar uma adequada
Foi assim que a conheci
Não desanimei quando senti meu corpo
Foi um imenso prazer poder respirar
Estiquei-me
Movi-me com dificuldade ainda podia caminhar
Chutei umas coisas pelo caminho
Ainda conseguia me abaixar
Catei-as
Andei até a cozinha bebi leite
Comi pão com o que tinha na geladeira
Não deixei louças para lavar
Lavei-as
Apressei-me pois tinha um encontro
Às vezes falo sozinho comigo mesmo
Você deveria tentar pois
Evitaria um bocado
Um bom gole de café antes de sair
Dispensei o cigarro chegou a condução
É cedo aqui no meu bairro
Corri
Começa assim
Mas pode terminar melhor
É só dar uma adequada
Foi assim que a conheci
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