Está você deixando?
Deitará ou mentirá?
Deitarei ou mentirei?
Está planejando?
Estará você ficando?
Estará tendo?
Está você pensando?
Eu acharei?
Amará ou amarei?
Estarei trabalhando?
Falará ou falarei?
Hei de falar com vocês.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Estava eu
Quieto em meu canto
A dedicar muita atenção a nada
Como quem queira
Solfejar o ar
Parti-me em direção ao infinito
Pousei-me
Perto de um zimbório
De um monte perto do invisível
Desci
Nos mais abissais bosques
Perdi-me longe com um fio de lã
Voei
Nas asas de uns passarinhos
Senti penas cortar como navalhas
O ar
Vestia-se de gotas enfadadas
Passantes em turbilhão de passos
Condados
Que entortam as retinas
Restando apenas de museus ideais
Doces vagas lembranças
Que ainda
Encontro quando vago nos umbrais
Quieto em meu canto
A dedicar muita atenção a nada
Como quem queira
Solfejar o ar
Parti-me em direção ao infinito
Pousei-me
Perto de um zimbório
De um monte perto do invisível
Desci
Nos mais abissais bosques
Perdi-me longe com um fio de lã
Voei
Nas asas de uns passarinhos
Senti penas cortar como navalhas
O ar
Vestia-se de gotas enfadadas
Passantes em turbilhão de passos
Condados
Que entortam as retinas
Restando apenas de museus ideais
Doces vagas lembranças
Que ainda
Encontro quando vago nos umbrais
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
terça-feira, 4 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
A motivação pra viver feliz e sorrindo
Sempre tem que vir de dentro de você, e
Não tem que estar em mais ninguém senão você
Nós temos que tornar cada vez mais raro
Maus-pensamentos
Pensar positivo
E jamais esquecer
O que dá sentido à vida
Trabalhar pra libertar essa força
Escondida, que está em nós
E velada se movendo por si só
Em todas as coisas que se criam
E que nós pouco percebemos
Pois está muito além
Dos mundos nanoscópicos
E em todas as camadas
De todas as dimensões
Mas nós pouco sentimos
Uma força velada
Mas poderosa
Ninguém sabe o quanto
Ela pode nos mover
Inexplicável em sua primazia
Como a fé verdadeira
Que tudo move
Que não conhece
Dificuldade ou desistência
Com a colaboração de Danilo Julião.
Sempre tem que vir de dentro de você, e
Não tem que estar em mais ninguém senão você
Nós temos que tornar cada vez mais raro
Maus-pensamentos
Pensar positivo
E jamais esquecer
O que dá sentido à vida
Trabalhar pra libertar essa força
Escondida, que está em nós
E velada se movendo por si só
Em todas as coisas que se criam
E que nós pouco percebemos
Pois está muito além
Dos mundos nanoscópicos
E em todas as camadas
De todas as dimensões
Mas nós pouco sentimos
Uma força velada
Mas poderosa
Ninguém sabe o quanto
Ela pode nos mover
Inexplicável em sua primazia
Como a fé verdadeira
Que tudo move
Que não conhece
Dificuldade ou desistência
Com a colaboração de Danilo Julião.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
O estrondo foi tão forte e demasiadamente alto como se o próprio demo o tivesse provocado em plena tarde de um dia claro.
Uma movimentação logo da esquina podia-se avistar, tamanho era o contingente.
Não longe dali construíam uma enorme avenida onde passariam mais de cem carros.
Um horizonte tão largo onde se tinha uma bela visão das chaminés das fábricas, há pouco tempo, ao fundo instaladas.
Vários outros casarios eu já vira serem demolidos para que as modernas edificações surgissem, porém o velho prédio que possuía muitos escritórios e onde funcionara um antigo grupo de advogados viera abaixo com o artifício de algo chamado dinamite.
O calor inundou meus pulmões, e a poeira e a fumaça eram engolidos inevitavelmente.
Desejei não estar ali, não gostaria que acontecesse aquilo.
Lembro-me das vezes em que tomo café simples na esquina oposta, onde funciona uma confeitaria famosa por suas tortas, receitas repassadas pela família há anos, toda a matéria prima preparada cuidadosamente.
Observava as secretárias em seus casacos à russa e seus saltos pontiagudos passando pelas ruas e calçamentos esburacados, fugindo dos olhares dos operários e tendo que desviar das poças que ainda ali recolhidas pela chuva refletiam os sobrados.
Enchia-me de culpa por esse desejo de preservar a eternidade como ela era. Meu peito queima.
As novas formas que vão surgindo me seduzem instantaneamente, mas se alinham com o mal.
A poeira rodopiante inebria desastrosamente como um feitiço asqueroso tecido especialmente forrado sob a desonra nas esquinas e nos becos e para as baratas.
Somente dando um gostinho ao acostumar a pouco da beberagem que provoca a todos a paixão mais avassaladora.
Consumiu-me em puro tédio, distante, num lugar muito árido e cada vez mais quente ao dia e frígido durante a noite. Bem no meio da multidão estou abandonado.
Ninguém mais parece pensar em Deus.
Relembro o velho caminho que fazíamos até a fazenda do mais velho irmão de meu falecido avô.
Sinto-me agora por entre os excluídos, dormindo entre as latrinas, me escondendo do vento nas galerias, pedindo comida na porta noturna dos recém-inaugurados restaurantes daquela nova avenida que contorna ao longo o museu.
Estou sufocado e extremamente cansado disso tudo.
Perante a renovação nada fica de pé.
Alastra-se como o gás das lâmpadas que recentemente iluminam algumas poucas ruas, mas a luz não se espalha como a destruição.
Essa confusão tomou conta de toda a cidade.
Maquinas.
Correria.
Aglomeração.
Ainda restaram alguns transeuntes da honrosa turba que só agora se dissipava e que como feridas abertas pela sociedade se escondiam atrás de farrapos imundos depois do desvio de atenção promovido pela modernidade.
Senti saudades.
Uma movimentação logo da esquina podia-se avistar, tamanho era o contingente.
Não longe dali construíam uma enorme avenida onde passariam mais de cem carros.
Um horizonte tão largo onde se tinha uma bela visão das chaminés das fábricas, há pouco tempo, ao fundo instaladas.
Vários outros casarios eu já vira serem demolidos para que as modernas edificações surgissem, porém o velho prédio que possuía muitos escritórios e onde funcionara um antigo grupo de advogados viera abaixo com o artifício de algo chamado dinamite.
O calor inundou meus pulmões, e a poeira e a fumaça eram engolidos inevitavelmente.
Desejei não estar ali, não gostaria que acontecesse aquilo.
Lembro-me das vezes em que tomo café simples na esquina oposta, onde funciona uma confeitaria famosa por suas tortas, receitas repassadas pela família há anos, toda a matéria prima preparada cuidadosamente.
Observava as secretárias em seus casacos à russa e seus saltos pontiagudos passando pelas ruas e calçamentos esburacados, fugindo dos olhares dos operários e tendo que desviar das poças que ainda ali recolhidas pela chuva refletiam os sobrados.
Enchia-me de culpa por esse desejo de preservar a eternidade como ela era. Meu peito queima.
As novas formas que vão surgindo me seduzem instantaneamente, mas se alinham com o mal.
A poeira rodopiante inebria desastrosamente como um feitiço asqueroso tecido especialmente forrado sob a desonra nas esquinas e nos becos e para as baratas.
Somente dando um gostinho ao acostumar a pouco da beberagem que provoca a todos a paixão mais avassaladora.
Consumiu-me em puro tédio, distante, num lugar muito árido e cada vez mais quente ao dia e frígido durante a noite. Bem no meio da multidão estou abandonado.
Ninguém mais parece pensar em Deus.
Relembro o velho caminho que fazíamos até a fazenda do mais velho irmão de meu falecido avô.
Sinto-me agora por entre os excluídos, dormindo entre as latrinas, me escondendo do vento nas galerias, pedindo comida na porta noturna dos recém-inaugurados restaurantes daquela nova avenida que contorna ao longo o museu.
Estou sufocado e extremamente cansado disso tudo.
Perante a renovação nada fica de pé.
Alastra-se como o gás das lâmpadas que recentemente iluminam algumas poucas ruas, mas a luz não se espalha como a destruição.
Essa confusão tomou conta de toda a cidade.
Maquinas.
Correria.
Aglomeração.
Ainda restaram alguns transeuntes da honrosa turba que só agora se dissipava e que como feridas abertas pela sociedade se escondiam atrás de farrapos imundos depois do desvio de atenção promovido pela modernidade.
Senti saudades.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Eu quero ver o dia
Ainda muitas vezes
Posso estar enganado
Pois a noite é um fardo
Já fui boêmio faceiro
Cantador e violeiro
Gaiato das esquinas
E praças escuras
De gente deserta
De conforto instável
Do belo limite grotesco
Ao baixo sublime expor
Gostava de ser quem era
E hoje ainda sou melhor
Cada sol que nasce novo
Eu ganho uma renovação
Da noite só a lua branca
Ainda só dela sinto falta
São os raios helíacos fogo
Do outro lado daqui é dia
Só uma valsa o que tenho
Acordando mais energia
Quando cedo desperto
A tenho muito por pouco
Isso é um alento divino
Absorvo contente confiante
Obstinado cada dia avante
Avisto ao longe o horizonte
Pois eu cavaleiro andante
Descobridor de caminhos
Não posso estar parado
Não posso perder desafios
Quero entrar nessa cidade
Não vejo portas abertas
Dou voltas e investidas
Mas não descobri entrada
Em secreto lugar sagrado
Onde poso o meu cajado
Desejoso objetivo portal
Outra dimensão alcançada
Avançou floresta encantada
Consagrou o medo de antes
Desvendou todo o mistério
Daquele caminho sinuoso
As ondas batem no costão
Com uma delicada violência
Voltam as ondas nos rochedos
Ao vento a água se espalha
De novo assim repete a maré
De novo aí repete aí de novo
Assim embora se saiba por quê
Nunca supôs ser capaz de parar
Soube dar valor ao destino
Recebi tudo como benção
Penso que cada contratempo
Fosse um passo na jornada
Agora encontrado aqui meu abrigo
Como poderia renegar esse afago
Um bom colo um vinho um mimo
Castanhos lindos olhos femininos
Sei que o que sei é o agora e nada mais
Interminável percurso uma linha na rota
Fagulha indecifrável que abre as cortinas
Quase nunca o horizonte é uma reta plana
Ainda muitas vezes
Posso estar enganado
Pois a noite é um fardo
Já fui boêmio faceiro
Cantador e violeiro
Gaiato das esquinas
E praças escuras
De gente deserta
De conforto instável
Do belo limite grotesco
Ao baixo sublime expor
Gostava de ser quem era
E hoje ainda sou melhor
Cada sol que nasce novo
Eu ganho uma renovação
Da noite só a lua branca
Ainda só dela sinto falta
São os raios helíacos fogo
Do outro lado daqui é dia
Só uma valsa o que tenho
Acordando mais energia
Quando cedo desperto
A tenho muito por pouco
Isso é um alento divino
Absorvo contente confiante
Obstinado cada dia avante
Avisto ao longe o horizonte
Pois eu cavaleiro andante
Descobridor de caminhos
Não posso estar parado
Não posso perder desafios
Quero entrar nessa cidade
Não vejo portas abertas
Dou voltas e investidas
Mas não descobri entrada
Em secreto lugar sagrado
Onde poso o meu cajado
Desejoso objetivo portal
Outra dimensão alcançada
Avançou floresta encantada
Consagrou o medo de antes
Desvendou todo o mistério
Daquele caminho sinuoso
As ondas batem no costão
Com uma delicada violência
Voltam as ondas nos rochedos
Ao vento a água se espalha
De novo assim repete a maré
De novo aí repete aí de novo
Assim embora se saiba por quê
Nunca supôs ser capaz de parar
Soube dar valor ao destino
Recebi tudo como benção
Penso que cada contratempo
Fosse um passo na jornada
Agora encontrado aqui meu abrigo
Como poderia renegar esse afago
Um bom colo um vinho um mimo
Castanhos lindos olhos femininos
Sei que o que sei é o agora e nada mais
Interminável percurso uma linha na rota
Fagulha indecifrável que abre as cortinas
Quase nunca o horizonte é uma reta plana
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
It is impossible believe
If you don’t have beliefs
What will you find as relief
How do you think is face quiet
Each day of life is fight
Each light on life is might
Could it show us more than the eye
Stars in the black sky of a small town
The little bee drinking the flower
Kith and kin at their big party
The garden flooded with perfume
Joy of the children smiling
The dirt road of must get along
The small places we can rest
Where giving up is more than win
Where the feeling becomes too real
If you don’t have beliefs
What will you find as relief
How do you think is face quiet
Each day of life is fight
Each light on life is might
Could it show us more than the eye
Stars in the black sky of a small town
The little bee drinking the flower
Kith and kin at their big party
The garden flooded with perfume
Joy of the children smiling
The dirt road of must get along
The small places we can rest
Where giving up is more than win
Where the feeling becomes too real
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Qu’est-ce que vous pensez à la vie
Qu’est-ce que vous pensez à le monde
Pourquoi les personnes naissent
Pourquoi les personnes meurent
Quelles sont tes feuilletons préférées
Où vous avez perdu votre portefeuille
Quelles sont les chemins
Qui vous aimez passer
Est-ce que vous avez trouvé tes clées
Comment a été à l’école
À cause de quoi vous êtes comme ça
Si vous etiez bien
Laissez passer
Mettez ça de l’autre côté
Il a déjà dix minutes de retard
Le temps passe très vite
L’été est déjà fini
La douleur est déjà passée
Passons a autre chose
Passez une bonne nuit
Bonne continuation
Ce qui est fait est fait
La paisson n’a pas raison
Il faut comprendre
Qu’est-ce que vous pensez à le monde
Pourquoi les personnes naissent
Pourquoi les personnes meurent
Quelles sont tes feuilletons préférées
Où vous avez perdu votre portefeuille
Quelles sont les chemins
Qui vous aimez passer
Est-ce que vous avez trouvé tes clées
Comment a été à l’école
À cause de quoi vous êtes comme ça
Si vous etiez bien
Laissez passer
Mettez ça de l’autre côté
Il a déjà dix minutes de retard
Le temps passe très vite
L’été est déjà fini
La douleur est déjà passée
Passons a autre chose
Passez une bonne nuit
Bonne continuation
Ce qui est fait est fait
La paisson n’a pas raison
Il faut comprendre
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Abertura para o infinito
Não fui capaz de achar
Encontrei só lá perdição
Apenas passos sem rumo
Quando olho para o lado
Só vejo riscos coloridos
Ainda agora ostentei saber
Mas de qual valia seria ver
Preciso estar lá e sentir
Da beira do abismo convir
A impossibilidade convicta
Passivo pois do contemplar
Contentar-me em só olhar
Lá então deleite a repousar
Estrada labirinto confuso
Prismas radiantes confluentes
Lá estive eu e como queria
Não pude se quer alcançar
Sei que insisto convincente
Pois sofri efeito impactante
Nem ao menos aproveitei
E desta vez tremeu profundo
Ondas vieram nada afetou
O segredo não se decifrou
Brotaram entre montanhas
Flores em excesso de cor
Perfume estonteante calor
Sensível textura inspirada
Cantei luzes para as sombras
E aos poucos se iluminavam
Devolviam compaixão clara
Devotada de alegria vivida
Pura existência pede descanso
Abandonar a vida em heroísmo
Beber da fontana da juventude
Fonte onde corre água divina
Não fui capaz de achar
Encontrei só lá perdição
Apenas passos sem rumo
Quando olho para o lado
Só vejo riscos coloridos
Ainda agora ostentei saber
Mas de qual valia seria ver
Preciso estar lá e sentir
Da beira do abismo convir
A impossibilidade convicta
Passivo pois do contemplar
Contentar-me em só olhar
Lá então deleite a repousar
Estrada labirinto confuso
Prismas radiantes confluentes
Lá estive eu e como queria
Não pude se quer alcançar
Sei que insisto convincente
Pois sofri efeito impactante
Nem ao menos aproveitei
E desta vez tremeu profundo
Ondas vieram nada afetou
O segredo não se decifrou
Brotaram entre montanhas
Flores em excesso de cor
Perfume estonteante calor
Sensível textura inspirada
Cantei luzes para as sombras
E aos poucos se iluminavam
Devolviam compaixão clara
Devotada de alegria vivida
Pura existência pede descanso
Abandonar a vida em heroísmo
Beber da fontana da juventude
Fonte onde corre água divina
terça-feira, 21 de outubro de 2008
If you can touch here
The beauty of a woman
You will know nothing
And so clearly
It will stop you
She can taste you
That’s what she does
Maybe you want to go
Here nobody find home
Straight to the sea
Around everything
Between the places
All the chances
Of get one’s own back
A dip in the spring
You even could reach it up
Being as the water
Doing like this
And the warm wind
Seek the fresh water
She came down the hills
Her basin filled of water
Hot as the day and the sun
Exposed to the gleam overjoyed
By the light of the impression
If you feel as in heaven
What could it be bad
The beauty of a woman
You will know nothing
And so clearly
It will stop you
She can taste you
That’s what she does
Maybe you want to go
Here nobody find home
Straight to the sea
Around everything
Between the places
All the chances
Of get one’s own back
A dip in the spring
You even could reach it up
Being as the water
Doing like this
And the warm wind
Seek the fresh water
She came down the hills
Her basin filled of water
Hot as the day and the sun
Exposed to the gleam overjoyed
By the light of the impression
If you feel as in heaven
What could it be bad
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Je voudrais vous tenir
Par la main dans mes bras
Vous tenir vous garder
Tenir un plat au chaud
Parce que cette promesse
Se tiendrai nous verrons
Dans des expression tiens
La neige n'a pas tenu
Je vais tenir debout
Parce que
Tu ne tiens plus debout
Si vous ne tenez rien à rien
Si vous ne tenez pas à quelqu'un
Et vous tenez à faire comme ça
Qu'est-ce que je peux faire
Vous ne tiendrez plus de belle
Il fait très beau aujourd'hui
Et rien peux déranger ou ennuyer
Il a beau essayer tous les jours
L'eau ne s'arrête pas de tomber
C'est du beau travail
C'est un beau jour
Je trouve votre visage
La face d'un polyèdre
Solide limité pour affronter
De toutes parts par
Des polygones plans
À la surface incomptable
Il va s'accrocher
Il est sur le point de se tenir
Face à face sur la réalité
À la surface de la terre
Par la main dans mes bras
Vous tenir vous garder
Tenir un plat au chaud
Parce que cette promesse
Se tiendrai nous verrons
Dans des expression tiens
La neige n'a pas tenu
Je vais tenir debout
Parce que
Tu ne tiens plus debout
Si vous ne tenez rien à rien
Si vous ne tenez pas à quelqu'un
Et vous tenez à faire comme ça
Qu'est-ce que je peux faire
Vous ne tiendrez plus de belle
Il fait très beau aujourd'hui
Et rien peux déranger ou ennuyer
Il a beau essayer tous les jours
L'eau ne s'arrête pas de tomber
C'est du beau travail
C'est un beau jour
Je trouve votre visage
La face d'un polyèdre
Solide limité pour affronter
De toutes parts par
Des polygones plans
À la surface incomptable
Il va s'accrocher
Il est sur le point de se tenir
Face à face sur la réalité
À la surface de la terre
domingo, 19 de outubro de 2008
What is more important than life
What could it be now
Where could it come from
How come just here
Life comes suddenly
And the same way it goes
It has gone like some feelings
That changed their form
They say it could be more
Life can not die
Because life is just a flash
Impossible die without it
What could be more than life
And feelings what are they
Meanings, corpses, past
Thoughts, death, present
And now comes
What are you waiting for
Sometimes it rains
Another it shies
And ever again
We can not master it
We should live like the tide
But we can always use an oar
What could it be now
Where could it come from
How come just here
Life comes suddenly
And the same way it goes
It has gone like some feelings
That changed their form
They say it could be more
Life can not die
Because life is just a flash
Impossible die without it
What could be more than life
And feelings what are they
Meanings, corpses, past
Thoughts, death, present
And now comes
What are you waiting for
Sometimes it rains
Another it shies
And ever again
We can not master it
We should live like the tide
But we can always use an oar
sábado, 18 de outubro de 2008
J'ai besoin d'écrire parce que le soir a changé
Les choses du monde ont appelé mes nuages
Mes films d'héros mes deserts
Seulement une chanson une contrainte
Un vrai chemin pour suivre
Comment faire le choix
Pourquoi choisir
Les mondes sont dynamiques
Les joints sont contrastées
Qu'est-ce que faire pour comprendre
Les leçons de cette vie
À que nous sommes liés
Les passions des fleurs
Des couleurs
Des aromes
Des amours
Les choses du monde ont appelé mes nuages
Mes films d'héros mes deserts
Seulement une chanson une contrainte
Un vrai chemin pour suivre
Comment faire le choix
Pourquoi choisir
Les mondes sont dynamiques
Les joints sont contrastées
Qu'est-ce que faire pour comprendre
Les leçons de cette vie
À que nous sommes liés
Les passions des fleurs
Des couleurs
Des aromes
Des amours
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Pra vestir
Depende do tempo
Gosto de sair como quero (mas tento)
Por causa do vento
Busco um agasalho
O sol não saiu como planejado (pois ele tá lá parado)
Se for pr’ um emprego
Porto-me bem-apessoado
Pra aumentar as chances de ser chamado
Se é noite ou é dia
Carece uma roupa
Polidamente escolhida (e não ouse sair sem as suas)
Os dias de sol como queira
Chinelo sandália alpercata (como gosto)
Mas nunca sapato na areia
E se o tempo muda e vira
Corre ou corra
Lá vai mais uma peça de roupa
Moletom pra uma corrida
E pra sair mais tarde
Uma beca arrumada na medida
Falam com o tempo os vestidos e saias
E juntos da chuva refrescam os ânimos
Num dia quente como todo dia é
Pois quando é chuva
Fria e gelada de vento
Só um casaco aquecido a ferro (e um chocolate quente)
E assim cada dia
Ocasião ou momento
Escolho o que visto
De acordo com o tempo
Depende do tempo
Gosto de sair como quero (mas tento)
Por causa do vento
Busco um agasalho
O sol não saiu como planejado (pois ele tá lá parado)
Se for pr’ um emprego
Porto-me bem-apessoado
Pra aumentar as chances de ser chamado
Se é noite ou é dia
Carece uma roupa
Polidamente escolhida (e não ouse sair sem as suas)
Os dias de sol como queira
Chinelo sandália alpercata (como gosto)
Mas nunca sapato na areia
E se o tempo muda e vira
Corre ou corra
Lá vai mais uma peça de roupa
Moletom pra uma corrida
E pra sair mais tarde
Uma beca arrumada na medida
Falam com o tempo os vestidos e saias
E juntos da chuva refrescam os ânimos
Num dia quente como todo dia é
Pois quando é chuva
Fria e gelada de vento
Só um casaco aquecido a ferro (e um chocolate quente)
E assim cada dia
Ocasião ou momento
Escolho o que visto
De acordo com o tempo
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Suas flores tão bonitas no jardim
É esperança de que tudo corre bem
E se a água do riacho à nuvem vai
Assim água do céu não tarda e vem
As pedras
Dão contorno a superfície
Quedas
Formando escadas transparentes
Caminho inevitável
Natural da gravidade
Entorno de sua força
Vida plena nasceu
Verdes campos
Lindos vales
Lindas cores
Campos verdes
Quanta diversidade aqui gerou-se
Pelas nascentes límpidas e vivas
Luzes multicoloridas e tão belas
Aquelas quais paixão encantou-se
Deu horizonte sua chegada
Fez-se morada em sua passagem
Foi cobrindo cada pedaço
Alargando no seu leito um lago
Fonte desceu da serra
Alastrou culminante seu curso
Não pediu licença
Embeveceu a cidade
Ao largo originou-se uma vila
Pequena mas de gente humilde
Onde sempre colhiam maças
Vermelhas paixão displicente
Lá vem a bela descendo a montanha
Depois de uma chuva aturdida
Olhando a macieira florida
Cantando feliz da vida
É esperança de que tudo corre bem
E se a água do riacho à nuvem vai
Assim água do céu não tarda e vem
As pedras
Dão contorno a superfície
Quedas
Formando escadas transparentes
Caminho inevitável
Natural da gravidade
Entorno de sua força
Vida plena nasceu
Verdes campos
Lindos vales
Lindas cores
Campos verdes
Quanta diversidade aqui gerou-se
Pelas nascentes límpidas e vivas
Luzes multicoloridas e tão belas
Aquelas quais paixão encantou-se
Deu horizonte sua chegada
Fez-se morada em sua passagem
Foi cobrindo cada pedaço
Alargando no seu leito um lago
Fonte desceu da serra
Alastrou culminante seu curso
Não pediu licença
Embeveceu a cidade
Ao largo originou-se uma vila
Pequena mas de gente humilde
Onde sempre colhiam maças
Vermelhas paixão displicente
Lá vem a bela descendo a montanha
Depois de uma chuva aturdida
Olhando a macieira florida
Cantando feliz da vida
sábado, 11 de outubro de 2008
É o barulho dos carros lá fora
Escuto as buzinas sonoras
O ronco dos motores vibrantes
Todos varando apressados
Graves caminhões vorazes
Estremecendo todo o caminho
Agudas as motos magrelas
Despindo as ruas por um fio
O trem passa aqui perto
E seu trilhar sobre as pedras
Ritmo madeira e ferragem
É muito diferente dos vrums
Escuto as buzinas sonoras
O ronco dos motores vibrantes
Todos varando apressados
Graves caminhões vorazes
Estremecendo todo o caminho
Agudas as motos magrelas
Despindo as ruas por um fio
O trem passa aqui perto
E seu trilhar sobre as pedras
Ritmo madeira e ferragem
É muito diferente dos vrums
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Quem é capaz de separar
Ritmo e melodia
Toda via é impossível
Para atingir tal desatino
Quem poderá um dia
Entender tudo que existe
Se é sabido ainda é triste
A mais temerosa alegria
Só podendo estar confuso
Esse mundo em desconcerto
Cada alento e outros passos
Pra continuar a lida
Se esse dia não chegasse
O manteria ainda concerne
Consentindo a esperança
De um dia entendimento
Apenas em um instante
Divina alma pudesse
Tomar forma em meu ser
Se aqui ainda eu estivesse
Essa inseparável marca
De divina humanidade
Vivo puro assim morrendo
Só a contemplar seus olhos
Ritmo e melodia
Toda via é impossível
Para atingir tal desatino
Quem poderá um dia
Entender tudo que existe
Se é sabido ainda é triste
A mais temerosa alegria
Só podendo estar confuso
Esse mundo em desconcerto
Cada alento e outros passos
Pra continuar a lida
Se esse dia não chegasse
O manteria ainda concerne
Consentindo a esperança
De um dia entendimento
Apenas em um instante
Divina alma pudesse
Tomar forma em meu ser
Se aqui ainda eu estivesse
Essa inseparável marca
De divina humanidade
Vivo puro assim morrendo
Só a contemplar seus olhos
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Condição revelada na precisão estendida ao ato
E no mesmo tempo que se render é se fortalecer
Estar livre é estar preso e perceber não é alivio
E só poderá haver paz se antes houvesse guerra
Reencontrando o caminho já um dia conhecido
Isso aqui é o mar não temos certeza de nada
Ainda sabemos mais não é possível controlá-lo
Muito além do desconhecido está a resposta
É profundo e contemplamos com esperança
Com saudável destemida ousadia acolhedora
Conquistando entendimento nas experiências
Apresentadas ao acaso e tempo como razão
Des’ que o mais e o nada se encontraram presos
De que outro modo então poderiam ser libertados
Capazes de romper fronteiras e exceder limites
Compondo-se completos antes de tudo que existe
E no mesmo tempo que se render é se fortalecer
Estar livre é estar preso e perceber não é alivio
E só poderá haver paz se antes houvesse guerra
Reencontrando o caminho já um dia conhecido
Isso aqui é o mar não temos certeza de nada
Ainda sabemos mais não é possível controlá-lo
Muito além do desconhecido está a resposta
É profundo e contemplamos com esperança
Com saudável destemida ousadia acolhedora
Conquistando entendimento nas experiências
Apresentadas ao acaso e tempo como razão
Des’ que o mais e o nada se encontraram presos
De que outro modo então poderiam ser libertados
Capazes de romper fronteiras e exceder limites
Compondo-se completos antes de tudo que existe
terça-feira, 7 de outubro de 2008
O ciclo da vida no corpo da fonte
Desmaterializa o sentido que os une
Unicamente para reconciliá-lo
Novamente encontrando o destino
Inevitável recuperação da identidade
Mantida sublimemente elevada
Distante da forma mas não separada
Ligação além do inteligível percebido
Legível nas imaginações entregues
Responsável pela compreensão levada
Ornada na espiritualidade encarnada
Manifestada em olhares e gestos
Concentrada na interação dimensional
Transcendendo o que pode ser tocado
Alcançando a pretensão desejada
Desprendida e condensada numa imagem
Desmaterializa o sentido que os une
Unicamente para reconciliá-lo
Novamente encontrando o destino
Inevitável recuperação da identidade
Mantida sublimemente elevada
Distante da forma mas não separada
Ligação além do inteligível percebido
Legível nas imaginações entregues
Responsável pela compreensão levada
Ornada na espiritualidade encarnada
Manifestada em olhares e gestos
Concentrada na interação dimensional
Transcendendo o que pode ser tocado
Alcançando a pretensão desejada
Desprendida e condensada numa imagem
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
domingo, 5 de outubro de 2008
Andava procurando
Parou pra ler o jornal
Pendurado na banca
Se nada interessante procurasse
Não teria ainda se detido
Decidiu enfim comprá-lo
E o jornaleiro simplório
Sorridente comentava algum fato
Em quando cumprimentava um amigo
O homem que dele o jornal comprara
Agora lia pretensiosas expressões
Com interesse compenetrado
Notícias novidades já sabidas
E outras não, mais curiosas
Com isso outros homens se encantavam
Assistindo a outros homens que liam
Parados na pequena calçada
Onde o mundo acontecia
Parou pra ler o jornal
Pendurado na banca
Se nada interessante procurasse
Não teria ainda se detido
Decidiu enfim comprá-lo
E o jornaleiro simplório
Sorridente comentava algum fato
Em quando cumprimentava um amigo
O homem que dele o jornal comprara
Agora lia pretensiosas expressões
Com interesse compenetrado
Notícias novidades já sabidas
E outras não, mais curiosas
Com isso outros homens se encantavam
Assistindo a outros homens que liam
Parados na pequena calçada
Onde o mundo acontecia
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Despercebido
Ser ignorado
Passivo do desolhar
Parte da paisagem
Imagem imperceptível
Indistinto no ponto cego do reflexo invertido
Dentro revertido em ilusão de ótica desapercebida
Inexistente em nada
Não-aparente exceção
Indivisível do ambiente
Indestacavelmente indiferenciável
E no mesmo tempo que sou desvisto
Ainda não posso me separar do todo
Eu sou invisível mas não sou insensível
Ser ignorado
Passivo do desolhar
Parte da paisagem
Imagem imperceptível
Indistinto no ponto cego do reflexo invertido
Dentro revertido em ilusão de ótica desapercebida
Inexistente em nada
Não-aparente exceção
Indivisível do ambiente
Indestacavelmente indiferenciável
E no mesmo tempo que sou desvisto
Ainda não posso me separar do todo
Eu sou invisível mas não sou insensível
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Uma vez fechados os olhos
O invisível
O invejável
Apura os meus sentidos
Concretizando na água
Sua flexibilidade incrível
Dotada de tantos sabores
Deixo escorrer pelos lábios
Faço inundar o meu ser de felicidade
Mineral mais precioso à tudo de tudo
Sacio-me por poucos instantes
Retorna ela após
E só água me prende
Mas infinita não a água
Saciará por pouco tempo
Resta pois para me preencher
Água
Sei que o que vi
Era límpido e claro
Nítido e evidente
Sei do que vi mais do que claro
Era límpido e evidente
Perfeitamente nítido
Era a Luz de Afrodite
Paz celestial
Feita perfeita por vós
A fêmea sagrada no amor
Flor da primavera e da vida
Iluminai-nos com sua magnitude
A ti cantaremos
Nossos hinos mais belos
Louvaremos tuas glórias
Ó pureza natural
Acreditemos em nossas batalhas
Pois ao nosso lado está Venus
Sua luz não há igual
Vimos aquilo acontecer de novo
São pedaços tão pequenos
Que não damos conta deles
Aos olhos são invisíveis
Ó deuses gregos e romanos
Das forças da natureza e dos sentimentos
Venho vos pedir ainda além de vossa paciência
Colaboração para que eu possa alcançar
Tão sonhada inspiração
Ontem eu vi duas estrelas cadentes
A lua estava crescente
O céu parcialmente
De nuvens fechado estava
Três cambaxirras cantavam na varanda
Um morcego deu seu último sorrateiro vôo
O sol atrevido já raiara
Dissipando a noite
Que satisfeita foi-se embora descontraída
A lua se esgueirava inconformada
Mas a manhã já se seguia disparada
Daqui e de lá saíam mais e mais pessoas sujeitas à tudo
Indivíduos individualmente inconformados
Para todos os lados
Daquele amor delicado
Nascido num sorriso
A moldura de lábios
Enfeitados como estavam
Não poderiam despertar outra coisa
Assim começara o
Quando a flor está prestes a eclodir
Despertar a um novo universo
De cor partindo de dentro
Do seu invólucro natural
Nascem crescem se reproduzem e morrem
Assim são as plantas
O mais básico a saber delas
Sentem tudo a sua volta
Encantadas pela luz
Água é tudo que precisam
Estando em solo fértil
Sementes dão bons frutos
O barco sulcava o rio
As ondas balanceavam
O remo ia lento escorria
A água se fazia firme
Apesar das incessantes investidas
Que faziam o remo na água
Dia sim dia sim
Não olho no calendário
Mas toda hora olho o relógio
E o dia não passa
Não tenho pressa agora
Deito-me no sofá relaxo
Vou pro quarto não quero dormir
Espero confio
Desafio só um fio de esperança que me dê corda
Esperando que dê a hora
Subo correndo as escadas
Prefiro não usar o elevador
Cheguei de ônibus bem rápido
Acho que estou me sentindo mal
Me parece muito estranho
Isso assim repentino
Quando cuida de você experimenta
Novas situações diversas
Cresce
Trona pleno
Justifica a existência
Ciência da vida é usar a cabeça
Uma vez que seja
Para que seja única
Porém forte
A existência plena da vida
Diversificadas experiências crescentes
Justificativas suas por cuidar
Daquilo que te faz bem
Do dia, a luz brilha
Todas as manhãs
O invisível
O invejável
Apura os meus sentidos
Concretizando na água
Sua flexibilidade incrível
Dotada de tantos sabores
Deixo escorrer pelos lábios
Faço inundar o meu ser de felicidade
Mineral mais precioso à tudo de tudo
Sacio-me por poucos instantes
Retorna ela após
E só água me prende
Mas infinita não a água
Saciará por pouco tempo
Resta pois para me preencher
Água
Sei que o que vi
Era límpido e claro
Nítido e evidente
Sei do que vi mais do que claro
Era límpido e evidente
Perfeitamente nítido
Era a Luz de Afrodite
Paz celestial
Feita perfeita por vós
A fêmea sagrada no amor
Flor da primavera e da vida
Iluminai-nos com sua magnitude
A ti cantaremos
Nossos hinos mais belos
Louvaremos tuas glórias
Ó pureza natural
Acreditemos em nossas batalhas
Pois ao nosso lado está Venus
Sua luz não há igual
Vimos aquilo acontecer de novo
São pedaços tão pequenos
Que não damos conta deles
Aos olhos são invisíveis
Ó deuses gregos e romanos
Das forças da natureza e dos sentimentos
Venho vos pedir ainda além de vossa paciência
Colaboração para que eu possa alcançar
Tão sonhada inspiração
Ontem eu vi duas estrelas cadentes
A lua estava crescente
O céu parcialmente
De nuvens fechado estava
Três cambaxirras cantavam na varanda
Um morcego deu seu último sorrateiro vôo
O sol atrevido já raiara
Dissipando a noite
Que satisfeita foi-se embora descontraída
A lua se esgueirava inconformada
Mas a manhã já se seguia disparada
Daqui e de lá saíam mais e mais pessoas sujeitas à tudo
Indivíduos individualmente inconformados
Para todos os lados
Daquele amor delicado
Nascido num sorriso
A moldura de lábios
Enfeitados como estavam
Não poderiam despertar outra coisa
Assim começara o
Quando a flor está prestes a eclodir
Despertar a um novo universo
De cor partindo de dentro
Do seu invólucro natural
Nascem crescem se reproduzem e morrem
Assim são as plantas
O mais básico a saber delas
Sentem tudo a sua volta
Encantadas pela luz
Água é tudo que precisam
Estando em solo fértil
Sementes dão bons frutos
O barco sulcava o rio
As ondas balanceavam
O remo ia lento escorria
A água se fazia firme
Apesar das incessantes investidas
Que faziam o remo na água
Dia sim dia sim
Não olho no calendário
Mas toda hora olho o relógio
E o dia não passa
Não tenho pressa agora
Deito-me no sofá relaxo
Vou pro quarto não quero dormir
Espero confio
Desafio só um fio de esperança que me dê corda
Esperando que dê a hora
Subo correndo as escadas
Prefiro não usar o elevador
Cheguei de ônibus bem rápido
Acho que estou me sentindo mal
Me parece muito estranho
Isso assim repentino
Quando cuida de você experimenta
Novas situações diversas
Cresce
Trona pleno
Justifica a existência
Ciência da vida é usar a cabeça
Uma vez que seja
Para que seja única
Porém forte
A existência plena da vida
Diversificadas experiências crescentes
Justificativas suas por cuidar
Daquilo que te faz bem
Do dia, a luz brilha
Todas as manhãs
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
domingo, 28 de setembro de 2008
Dentro da máquina andante
Parado no tráfego de vias
Que entupidas pedem socorro
Está cheio e cada espaço é disputado
As janelas fechadas e a chuva lá fora
Ninguém quer ficar na rua todos querem ir pra casa
Recompensa animadora renovando o percurso
Impreciso dizer o que cada um espera
As gotas escorrem lavando as janelas
Nas pistas despistam com os carros
Os para - todos lotados de gente
Depois de um dia de trabalho suado
Correm e param pedindo caminho
Seu lar ponto final onde possam recolher-se
Lavar seu corpo de um dia acabado
Parado no tráfego de vias
Que entupidas pedem socorro
Está cheio e cada espaço é disputado
As janelas fechadas e a chuva lá fora
Ninguém quer ficar na rua todos querem ir pra casa
Recompensa animadora renovando o percurso
Impreciso dizer o que cada um espera
As gotas escorrem lavando as janelas
Nas pistas despistam com os carros
Os para - todos lotados de gente
Depois de um dia de trabalho suado
Correm e param pedindo caminho
Seu lar ponto final onde possam recolher-se
Lavar seu corpo de um dia acabado
sábado, 27 de setembro de 2008
Cheguei de mansinho
Dava pra escutar sua respiração
Não entendo porque venho aqui
Se não tenho a cor de seus olhos
E a cada olhar desviado
Mais a quero por perto
Ó mia senhor’ velida
Peço-te um carinho delicado
Realização de um desejo
Deitado em seus cabelos perfumados
Aumentado o desprezo
Morro em seus braços
Formosa em suas prendas
Dedicada a seus amores
Concentrada em seus deveres
Poderosa em seus louvores
Voz suave que me toca
Seu nome não ouso dizer
Velar-te por cortesia
É o que posso fazer
Dava pra escutar sua respiração
Não entendo porque venho aqui
Se não tenho a cor de seus olhos
E a cada olhar desviado
Mais a quero por perto
Ó mia senhor’ velida
Peço-te um carinho delicado
Realização de um desejo
Deitado em seus cabelos perfumados
Aumentado o desprezo
Morro em seus braços
Formosa em suas prendas
Dedicada a seus amores
Concentrada em seus deveres
Poderosa em seus louvores
Voz suave que me toca
Seu nome não ouso dizer
Velar-te por cortesia
É o que posso fazer
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Eu vi e posso dizer
A garça suja
Com os pés na lama
Do esgoto retirava com o bico turvo
Da água, que de pouco água tinha
Algum material orgânico infecto
Podia a cidade nutrir melhor a sua natureza
Ela deu mais um passo em direção ao limo
Ao lodo do poço de lixo
E meteu mais uma vez o bico na água
Os seus pés, já nas canelas, enfiados
Sem o menor nojo
E a sua sobrevivência dependia disso
Há várias delas que voam felizes pelos valões
Corrompidas pela marginalidade dos rios
Afinal o que fazem aqui
Não podem ir pra outro lugar
A garça suja
Com os pés na lama
Do esgoto retirava com o bico turvo
Da água, que de pouco água tinha
Algum material orgânico infecto
Podia a cidade nutrir melhor a sua natureza
Ela deu mais um passo em direção ao limo
Ao lodo do poço de lixo
E meteu mais uma vez o bico na água
Os seus pés, já nas canelas, enfiados
Sem o menor nojo
E a sua sobrevivência dependia disso
Há várias delas que voam felizes pelos valões
Corrompidas pela marginalidade dos rios
Afinal o que fazem aqui
Não podem ir pra outro lugar
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
É um ano perdido
Um dia longe de você
Os acontecimentos de uma vida
Por não saber o que poderia ter sido
Leio os caminhos
Onde eu preciso estar
As curvas onde eu me encontro
Posições perfeitas que eu reconheço
Os meus olhares
Atravessam sua estrutura
Compreendendo as fissuras
Permitindo a entrada em sua história
Todos os cantos
E ecos do seu espírito
Cada passo dado dentro dela
Toda emoção que já viveu e viverá
Como desperdiçar
Um minuto em ausência
Da explicação do desconhecido
E perder essa demonstração do amor
Um dia longe de você
Os acontecimentos de uma vida
Por não saber o que poderia ter sido
Leio os caminhos
Onde eu preciso estar
As curvas onde eu me encontro
Posições perfeitas que eu reconheço
Os meus olhares
Atravessam sua estrutura
Compreendendo as fissuras
Permitindo a entrada em sua história
Todos os cantos
E ecos do seu espírito
Cada passo dado dentro dela
Toda emoção que já viveu e viverá
Como desperdiçar
Um minuto em ausência
Da explicação do desconhecido
E perder essa demonstração do amor
terça-feira, 23 de setembro de 2008
O costume atrevido
Da pele almejada que arrepia vulcânica
Arrebenta o controle
E os pelos delicados
Dispersos ouriçados
Tremendo
Revelam suspiros doces
Descompassados e febris
De tremenda urgência
Saltitante e frenética
No peito de um cavalo livre
Fugindo do deserto
E o vento cortante
Dilacera em desejo
O frio inverso
Travado
Tomando conta de todo lugar
Se espalhando sem pudor sem limites
Destemido
Concentrado
Cometido
Acariciando
Um pedido
De toque
Da pele almejada que arrepia vulcânica
Arrebenta o controle
E os pelos delicados
Dispersos ouriçados
Tremendo
Revelam suspiros doces
Descompassados e febris
De tremenda urgência
Saltitante e frenética
No peito de um cavalo livre
Fugindo do deserto
E o vento cortante
Dilacera em desejo
O frio inverso
Travado
Tomando conta de todo lugar
Se espalhando sem pudor sem limites
Destemido
Concentrado
Cometido
Acariciando
Um pedido
De toque
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
domingo, 21 de setembro de 2008
De que se valem
A beleza e o amor à mim
Se deles pouco
E quase nunca desfruto
Pois é na esperança e no receio
Que é morada da conquista
Desconhecido limiar do desfecho concreto
Que mede o destino no fio da vida
Incrível prazer
Despercebido em sua essência
Recolhido em todo e qualquer
Simples dia do ser na terra
Singelo e carente
Do feito da mente
Realizado e presente
Lembrado e vivido
Bem perto de dentro
De tudo que é possível imaginar
Onde a realização é verdade sentida por fora
E o limite entre o irreal
Diminui a distância
De ser compreendido
A beleza e o amor à mim
Se deles pouco
E quase nunca desfruto
Pois é na esperança e no receio
Que é morada da conquista
Desconhecido limiar do desfecho concreto
Que mede o destino no fio da vida
Incrível prazer
Despercebido em sua essência
Recolhido em todo e qualquer
Simples dia do ser na terra
Singelo e carente
Do feito da mente
Realizado e presente
Lembrado e vivido
Bem perto de dentro
De tudo que é possível imaginar
Onde a realização é verdade sentida por fora
E o limite entre o irreal
Diminui a distância
De ser compreendido
sábado, 20 de setembro de 2008
Adormeci dominado pelo sonho
Sonhei que voava sem rumo
E meu rastro entre as nuvens
Deslizei subindo vagarosamente
Vagando displicente entre os mundos
Montando a cidade em pedaços
Vi os detalhes das telhas nos telhados
E as antenas balançando no tempo
Na velocidade ia deixando os lamentos
No rosto as rajadas de vento
Atenuando o calor do corpo inteiro
E o desconcerto do mundo acontecendo
Disfarço mas meus olhos não mentem
E o lirismo das lágrimas descendo
Quando enfim consigo acordar
Suado e sofrido tremendo na cama
O alívio branco disciplinou o delírio
E deitado mantive os meus olhos fechados
Sonhei que voava sem rumo
E meu rastro entre as nuvens
Deslizei subindo vagarosamente
Vagando displicente entre os mundos
Montando a cidade em pedaços
Vi os detalhes das telhas nos telhados
E as antenas balançando no tempo
Na velocidade ia deixando os lamentos
No rosto as rajadas de vento
Atenuando o calor do corpo inteiro
E o desconcerto do mundo acontecendo
Disfarço mas meus olhos não mentem
E o lirismo das lágrimas descendo
Quando enfim consigo acordar
Suado e sofrido tremendo na cama
O alívio branco disciplinou o delírio
E deitado mantive os meus olhos fechados
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Havia um homem
Solitário no ponto
Parado aguardando
O ônibus ansioso
Na chuva esperava
Calado e sozinho
Sonhando com a vida
E com os mimos de casa
Sem casaco observava
As nuvens obscurecidas
Cinzas da água
Gelada lá em cima
Caindo sem pena
Sobre os seus ombros
Não sei
Há quanto tempo esteve ali
Talvez pouco
E à chuva forte
Já não mais se importava
Em enxugar o rosto
A água do alto
Lavava o seu corpo
Todo ensopado
Já nem se mexia
De braços cruzados
Carente repetia para si
Nada me atingi
Não é hora de desistir
Solitário no ponto
Parado aguardando
O ônibus ansioso
Na chuva esperava
Calado e sozinho
Sonhando com a vida
E com os mimos de casa
Sem casaco observava
As nuvens obscurecidas
Cinzas da água
Gelada lá em cima
Caindo sem pena
Sobre os seus ombros
Não sei
Há quanto tempo esteve ali
Talvez pouco
E à chuva forte
Já não mais se importava
Em enxugar o rosto
A água do alto
Lavava o seu corpo
Todo ensopado
Já nem se mexia
De braços cruzados
Carente repetia para si
Nada me atingi
Não é hora de desistir
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Sede água deseja
A boca a carne o sangue
O luxo da vida na fonte
Nascente refresca e lava
Fluxo doce límpido
A riqueza mais preciosa
De você tudo preciso
Não existe viver sem ti
Se eu pudesse não sofrer
Por sua falta água
Divindade magnânima
Sublime é te possuir
Apazigua o calor
Apaga o fogo
Abranda o desejo
Mata a sede
A boca a carne o sangue
O luxo da vida na fonte
Nascente refresca e lava
Fluxo doce límpido
A riqueza mais preciosa
De você tudo preciso
Não existe viver sem ti
Se eu pudesse não sofrer
Por sua falta água
Divindade magnânima
Sublime é te possuir
Apazigua o calor
Apaga o fogo
Abranda o desejo
Mata a sede
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Grafe a sua percepção
Com desenhos em grafite ou tinta
Os estará materializando
Transformar os sons em desenhos
Imagens visuais em
Imaginações sonoras
E depois revertê-las
Re-ver-tê-las
Rever tê-las retê-las
Cada pedaço cada sentença
Cada mudança
Toda relevância
O som não é matéria e
Toda vibração percebida
Desencadeia uma sensação
Toda palavra mal dita
Só ganha essa força
Com a expressão
Tudo é dotado de significado
Sempre há começo meio
Final
Sons que significam
Signos que ficam
Palavras que mudam de forma
Sentidos que dão à estação
Sinais que diferem sentidos
Visando a compreensão
Com desenhos em grafite ou tinta
Os estará materializando
Transformar os sons em desenhos
Imagens visuais em
Imaginações sonoras
E depois revertê-las
Re-ver-tê-las
Rever tê-las retê-las
Cada pedaço cada sentença
Cada mudança
Toda relevância
O som não é matéria e
Toda vibração percebida
Desencadeia uma sensação
Toda palavra mal dita
Só ganha essa força
Com a expressão
Tudo é dotado de significado
Sempre há começo meio
Final
Sons que significam
Signos que ficam
Palavras que mudam de forma
Sentidos que dão à estação
Sinais que diferem sentidos
Visando a compreensão
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