domingo, 29 de novembro de 2009

Se fosse tudo legal
Nada mais então seria legal
Algo tem que ser chato
Porque se não tudo seria chato

sábado, 28 de novembro de 2009

C'est un avertissement
À mon avis
C'est une prémonition
Je me rapelle ce n'est pas la première fois
Ça fait longtemps et
Je ne comprends jamais
Si je ne me trompe pas
C'était seulement une conclusion froide

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Não precisamos acreditar em nada
porque na verdade isso pouco importa
só vale aquilo que sabemos que existe
nada vale a pena quando a alma é pequena

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

o ser (onde está) está além disso aqui

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Flui pelas oposições aos contrários
Pelo eterno movimento do mundo

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Não se deve desvendar a obscuridade
Deve-se adentrar nela

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A lua era o rasgo de um olho
Olhando pra baixo de perto

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Coisas incríveis podem acontecer
Se você se permitir
Conseqüências imprevisíveis
Acontecimentos históricos
Mortes
Dramas
Separações
O que fica é normalidade
Se de sempre acontece
Mas com esse comportamento
Tão despreparado

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Curioso por saber quão valeria minha lealdade
Se faço esse teste eu sou desleal
Se faço esse texto sou um réu confesso
Consideração
Queimei no inferno
Suava como porco
Pouquíssimo sentia dos meus pés
Não foi um pesadelo
Matei um formigueiro
E toda uma desgraça caiu sobre minha casa
Milhões de vidas
Eu acho triste uma formiga sozinha

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Me jogo no vento
Frescor de um sopro suave
Merecido zéfiro consonante
Contei-lhe já está história
Me confundo em dizê-la
Soube então
que sa bela fia ia se casar seu Petro
Foi-se então que para modre Deus
Concluir sa benção no matrimônio
Fez de ofertar-Lhe dos bavas
Polo que divia de se bastar
Fui correndo ya d'avisar
Que autro moço avia-lha espõsar
Mirou-me em misericórdia
E sentindo inha esesperaçon
Ofertou-me catro bavas
Pela modre eu não me leixar da novia
Anxi pum homi bastardo
E o vento soprou de longe uma estória parecida
Mas de que se nonada se compara
Sendo está mais do que inferior

domingo, 15 de novembro de 2009

Pouca coisa mudou desde que vim pra cá
Mesmo que tenha mudado não notaria
O que se move como um raio não me apraz
Seria possível talvez mil trovões
E o céu de ciclones figurando-se
Raios raios
Quem me fala
Corre atrás dele como um touro
Sempre destemido e disposto
Gira que roda que voa que lança tudo pelo chão
Do ar

sábado, 14 de novembro de 2009

Da terra me faço
Com o mar das águas
Choradas do rios
Nas florestas sem fim
Carregada de chuvas
Soprada nos ventos
Para a minha rua

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Eu quero unir dois mundos
Penetrar no possível
Fazer de tempo-espaço um
Concedendo-lhe outro nome

Apresento-me solícito
Só na natureza encontro acalento
Meus dias são quentes
Só penso em morar na praia

Um dia é um colibri
Voando bem baixo sozinho
No outro uma cambaxirra
Que vem voar pertinho

Quanto prazer se pode encontrar
Eu quero ter em meu espírito
Somente dores e aflição
Vai encontrando o meu destino

Eu rio me desfinjo de tonto
Despretensioso num sorriso
Parece-me que fico bobo de repente
Sobretudo quando eu respiro

Há os que digam que sabem
Lidar com os sentimentos
Estranhas ironias
Tão difíceis de explicar

Eu quero o que quero
Eu me quero feliz
E se há prazer nesta vida
Eu vou onde ele está

Já não me interessa contentamento
Eu sedento desejo por satisfação
Eu me acabo com meus próprios vícios
Me consumo por instância

Vejo a lua cheia tão perto
Mas não a ponto de tocá-la
Sinto-me como no deserto
Agradeço porque tenho o que comer

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Não adianta eu dizer que sou justo
Se não pratico a justiça no meu dia-a-dia
Uso de subterfúgios para alcançar o que eu quero

Assim se sou melhor então
Não preciso utilizar-me desses artifícios
Se sou honesto eu vou conseguir o que eu quero

Com as armas que eu tenho
Eu vou chegar onde eu posso chegar
Não onde o outro chegou

De acordo com meus princípios
E não aquilo que a sociedade traça
A última batalha de Aquiles e Heitor

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A falta abre caminho
Devastando o vilarejo
A perda fez aquela primavera estiar
As casas se empobreceram
As fachadas ficaram tristes
As roupas ficaram rotas e viraram trapos
Eles já pouco comiam o que lhes punham no prato
A estrada que leva a vila ficou difícil
O caminho sumiu no mato
A chuva alimentava a esperança do povo
E a angústia que fazia presença
Começava a se dissipar
Campesinos perguntavam
Veremos os gira-sóis brilharem ainda esse ano
Teremos flores nesta estação
Este ano não tem verão
Vamos direto para o inverno
E a natureza como podia os ia influindo
Permaneçam seguros meus lindos filhos
Não pensem no inverno
É investimento o que precisam
Confiem e acreditem sem receio
Ainda há tempo para a colheita
A terra já foi lavrada
Seu empenho é necessário agora
Não fiquem aí esperando
Porque o seu choro não regará as sementes
Já lançadas onde a terra preparada as acolheu
Só precisam paciência e força na hora da lida
Num piscar a pequena flor alcança a luz
E verão o que só o amor constrói
Longe da apreensão e do medo
Acabou o tempo de sofrer
Sentem falta agora do que podem ter
Têm possibilidade de ter agora o que não poderão saber
Do trabalho de agora se colhe o futuro
A falta do que se poderá ter só se resolve plantando agora
O que não se sabe se irá colher
Mas se não houver plantio se não houver trabalho
O que é dúvida se torna certeza
A colheita não acontecerá
Não havendo o prazer no trabalho
Não se sorrirá ao ver as sementes germinarem
Muito menos se verá as simples plantas florescerem
Sentindo falta das flores tem-se que trabalhar no jardim

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Por que é mais fácil aceitar ser o amante
Porque este se sente valorizado
Por dividir e saber algo
Que o outro parceiro da pessoa não sabe
E este último por sua vez
Tem todo o direito de se sentir menosprezado
Por ter o orgulho ferido
Por não saber que o outro está dividindo algo com outro senão ele
Mas bem de fato o amante demonstra um desapego
Mas é porque se a pessoa trai a outra com ele
Poderá traí-lo com o próximo
O traído se sente inferior e não quero sentir isso
Ter alguém que não se tem só pra si
É o princípio de saber que se tem o que nunca foi seu
E nunca será o que por certo é verdade
Porém isto não impede de gostar aproveitar
Pois isto impede
Dividir quem não te pertence
Saber repartir pode ser bom
Mas o mais importante é saber deixar partir
Aceitar que não se sentirá bem de ver
Quem estava gostando de você
Sentindo mais prazer agora com outro
Aceitar que todos nós temos desejos tudo bem
E assumir as conseqüências
Isso é saber que você só tem a você mesmo
E que não pode contar com ninguém a não ser você mesmo
Eu prefiro assumir uma cumplicidade mas sei
Cada pessoa é uma chave única
Que em nós abre uma porta
Que precisa ficar aberta
Mas nesta ninguém mais passa
Decerto temos que ficar com quem mais gostamos
O carinho e os beijos podem ser de muitos
Porque é bom sentir prazer
Mas não são todos que aceitarão isso
Pra isso precisamos de uma grande compreensão que nem todos possuem
Há os que preferem ficar com quem gosta deles
Eu quero quem eu quero
Eu quero todas as pessoas de um jeito diferente entre si
Mas não duas pessoas diferentes do mesmo jeito

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O namoro está para o ato de namorar
Assim como amar está para viver
Começo pelo que mais amo
Só vivo porque amo
E vivo para amar
Amo a natureza
E amo tudo que é natural
Lugares preservados
Difíceis de alcançar
Quanto prazer em tenho de estar junto ao mar
De sentir a brisa bater
E uma cachoeira olhar
E provar o seu desapego
Da queda pro rio
Do rio pro mar
Da água da chuva que não para de cair
Quando a terra gira pra que eu possa ver o sol
Que só dura um dia mas é um ciclo eterno
E a natureza me enamora a cada instante
Com novas formas cores e fragrâncias
Me permitindo novas sensações
A cada momento como pra me agradar
E eu agradeço pois a ela nada mais posso oferecer
Não estando perfeita se aprimora
E essa beleza que me apaixona
Podemos namorar muitas pessoas ao mesmo tempo
Mas diferentes da natureza buscamos reconhecimento
Procuramos aceitação coisas com as quais ela não se preocupa
Namorar é deixar alguém enamorado por você
É mostrar o seu encanto o seu afeto e a possibilidade de se encantar novamente
Mas a natureza não se afeta com a beleza e não se importa em ser amada
Ela me ama nem sei porque talvez nem me ame
Mas recebo o que dela vem como presente
E me encanto sempre
Assim o que eu busco do mesmo jeito procuro
Amo porque amo
Namoro pra encantar
A natureza não precisa de mim
Mas eu sim

domingo, 8 de novembro de 2009

A simpatia é o princípio da amizade
Pois só se é amistoso a alguém
Quando se simpatiza
É uma espécie de afeto sem segundas intenções
Uma imagem sedutora que nos encanta
Por responder prematura e precariamente
Com elementos e características
Que preenchem requisitos satisfatórios
A sua existência
Agora há problema se o que se deseja
É obter algum tipo de benefício do outro
Pois é mais difícil gostar pelo que a pessoa é
Do que pelo que você quer que ela seja
Você pode estar atraído por apenas uma qualidade
Que no entanto te dê muito prazer
Mas que no peso com todas as outras falhas
Ou ainda outras pessoas e atividades que te proporcionam prazer
Ainda assim esta única qualidade que te agrada se sobressai
Pode contar que algo errado está acontecendo com você
Uma relação normal deve acontecer por livre reconciliação
A cada instante se deve encontrar um novo motivo pra continuar
Em tudo e para todos
Cada um possui uma qualidade e ninguém possui todas
Existem milhões de escolhas e formas de sentir prazer
Basta se permitir sentir o prazer sentir junto
Porque as necessidades de cada um são únicas
E a cada momento são novas
E se você se entende porque deixa de compreender os outros

sábado, 7 de novembro de 2009

O contato
Toque suave de prazer e desejo
Se traduz em palavras doces amigáveis
E o comportamento dócil amável
Busca inconstante de aproximação
Seja o olhar o toque o chamado
A procura por saber onde está
Já que está mais do que no pensamento
Precisa do toque do colo do afeto
Cumplicidade e compaixão
Muito delicada posição a se submeter
Um deslize e você pode se colocar num lugar oportuno
É preciso caráter pra não querer testar as atitudes
Pois não pedem julgamento
É confiar só em você e nada esperar
E a consideração está no respeito
No conhecimento mútuo das fraquezas
Antes mesmo de sabê-las
São os medos que nós mesmo temos
Do que imaginamos mas não experimentamos concretamente

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O duelo de olhares
Se refaz milhões de vezes
São feixes de imagens
Fugitivas da íris
No fundo sem fundo há um brilho
Uma luz que não pode ser lida
Desvios ocultam tal ato
Nas curvas nos traços nos cílios
O que se vê são as cores somente
Não sei se os leio como quero
Como forma somente
E isso impede que os leia à profundidade
Ou se o bloqueio está em seus olhos
Os meus desvio por respeito a esse prazer
Não enxergo o que vejo porém o que acredito ver
Verifico não saber nada pois não leio o que está sendo dito

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O confronto
Esta é a visão
Quando se encontra
O inesperado
Por desejo é tomado
De possuir o que sempre se quis
Até então e agora de repente
Prazer que se obtém no contato
Na aproximação
No receio e na apreensão
Que se transforma em coragem
Apoiado em seu potencial
E honra que te exige o mérito
Mas o que se combate
Não é o limite
A doação
A concordância
A comunhão
A divisão
A espera
A falta
Oh beleza feminina delicada
Maldade dizer que não te amo ser de Afrodite
Pois fere-te dizer que não te quero
A mim